segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pesquisas indicam que ingleses preferem que o príncipe William assuma o trono

Historiador diz que é difícil que Charles abdique ao posto em favor do filho.

Mesmo sem tomar as decisões de fato importantes para o país, a família real britânica ainda é muito valorizada no Reino Unido. A maioria dos ingleses gosta de acompanhar as tradições da realeza. Mas existe no país uma polêmica sobre quem deve ser o próximo rei da Inglaterra, em substituição à rainha Elizabeth 2ª, que tem 85 anos.

Três pesquisas recentes questionaram os ingleses sobre quem eles gostariam de ver no trono: o príncipe Charles ou seu filho William, que se casou na sexta-feira (29) com Kate Middleton. Em duas, William ganhou com folga. Na terceira, deu um empate técnico entre pai e filho.

A lei diz o seguinte: o filho mais velho herda o trono e só existem rainhas se não houver filhos homens. Charles é o primeiro da fila e William, o segundo.

Essa diferença na preferência do povo está ligada ao modo de agir dos dois. Enquanto o pai é tradicional, rígido e cercado de assessores, o filho conseguiu, até agora, levar uma vida normal para os padrões da realeza. Além disso, William herdou da mãe, Diana, uma legião de fãs.

O historiador Roberto Saba diz que Charles sempre foi avesso ao contato com o povo.

– Acho que é isso que acaba criando os rumores em relação à possível abdicação em favor do William, que acabou herdando da mãe o carisma e a proximidade do povo.

Nesta semana, Charles bateu um recorde um tanto indesejado. Ele é o príncipe que há mais tempo espera para ser rei em toda a história inglesa. São quase 60 anos desde que Elizabeth 2ª assumiu o trono, em 1952. Na época, Charles tinha apenas três anos.

Saba diz que é difícil que Charles abdique do trono

– Ele deve pelo menos reinar por alguns anos e esperar um tempo pra abrir mão do trono.

Na história da monarquia inglesa, apenas um rei renunciou à coroa sem ser forçado a isso. Eduardo 8º abriu mão do título porque foi proibido de se casar com uma americana plebeia e divorciada. Com a abdicação de Eduardo, quem assumiu o trono foi George 6º, pai da rainha Elizabeth 2ª e bisavô de William.

Até o século 17, a monarquia inglesa tinha muito poder político e as grandes decisões estavam nas mãos do rei. Hoje, as coisas são bem diferentes: o poder está com o Parlamento. A família real britânica apenas representa o Estado em compromissos diplomáticos

O parlamento também define o "salário" da rainha. Hoje, ela recebe quase R$ 2 milhões por mês. O patrimônio da família real chega a quase R$ 2 bilhões.
Kate Middleton é totalmente plebeia. O fato de não existir nenhum nobre na família dela contou muito a favor de William. É como se o casamento do príncipe com uma mulher comum tornasse qualquer inglês mais próximo da família real. É a chance de restaurar o prestígio da monarquia depois de anos de escândalos.

O príncipe Andrew, irmão de Charles, começou cedo a escandalizar os britânicos. No início da década de 80, ele namorou com uma atriz pornô. Depois ele se casou com a plebeia Sarah Ferguson e eles tiveram duas filhas. Mas a união durou apenas seis anos.
Depois da separação, Sarah foi parar na primeira página dos tabloides do mundo todo. Na foto, um amante chupava o dedo do pé da ex-princesa. A relação de Sarah com a família real ficou tão abalada que ela nem foi convidada para o casamento de William e Kate.

Mas sem dúvida o escândalo mais penoso para a monarquia britânica foi a separação dos pais de William. Charles e Diana se casaram em 1981, mas mantiveram casos extraconjugais nos anos seguintes. Diana admitiu ter traído o marido com um professor de equitação. E Charles era amante de Camilla Parker Bowles, a atual mulher dele.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário