A plebeia que era piada por esperar pacientemente o pedido de casamento do príncipe tornou-se modelo de rainha do século XXI.
Catherine Elizabeth Middleton, futura rainha da Inglaterra, nasceu em 9 de janeiro de 1982, a mais velha de três irmãos. O pai, Michael, trabalhava como programador de voo da empresa aérea British Airways. Foi lá, em meados da década de 1970, que se apaixonou por Carole, comissária de bordo na mesma companhia. Kate teve uma infância normal. Aos 4 anos de idade, passou uma temporada ao lado da família na capital da Jordânia, Amã, onde o pai foi trabalhar. De volta à Inglaterra, em 1986, Michael e Carole abriram a Party Pieces, uma empresa de venda de artigos para festas infantis pela internet. A empreitada deu certo, permitiu a ascensão social da família e pagou por um estilo de vida privilegiado. Ele ajudou a colocar os irmãos Catherine, Philippa e James nas rodas da alta sociedade britânica, por onde circulam nobres como William. Tabloides como o Daily Mail e o Mirror publicaram nos últimos anos reportagens repercutindo rumores de que a mãe de Kate teria pressionado a filha para escolher a Universidade de St. Andrew, depois de saber que o príncipe havia se matriculado na instituição escocesa. Se foi planejado, deu certo. A educação em colégios particulares como o internato Malborough College, com anuidades equivalentes a R$ 52 mil, e a casa de cinco quartos da família na Vila de Berkshire, avaliada em torno de R$ 2,6 milhões, revelaram-se bons investimentos na ascensão da filha.
Se de perto ninguém é inteiramente normal, à distância os Middletons parecem uma família típica de classe média alta. A irmã Philippa, conhecida como Pippa, de 27 anos, trabalha como promotora de eventos e também ajuda no negócio familiar. O irmão James, de 23 anos, largou a faculdade no meio para se tornar confeiteiro. Ele tem fornecido material para os tabloides com fotos em que aparece fantasiado ou nu, com garrafas de bebida na mão. É candidato a virar notícia nos próximos anos, embora a família já tenha outros membros atuantes na produção de fofocas. Há o tio Gary Goldsmith, empreiteiro irmão de Carole, um festeiro que vive na ilha espanhola de Ibiza em uma mansão apelidada de Maison de Bang Bang, algo como Casa do Sexo. Recentemente, ele esteve no centro de um escândalo ao ser filmado cheirando cocaína e gabando-se a um repórter de seus contatos na família real. Kate tem também uma parente distante, a stripper Katrina Darling, que não foi convidada para o casamento.
A árvore genealógica da futura rainha tem outras curiosidades. No livro recém-publicado A ancestralidade de Catherine Middleton, a Sociedade Genealógica da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, afirma que Kate é prima distante do primeiro presidente americano, George Washington, e do cineasta Guy Richie, ex-marido da cantora Madonna. A jornalista Claudia Joseph também investigou as origens de Kate para seu livro e afirma que o lado paterno da noiva real tem origens abastadas. Michael é filho de um piloto da cidade inglesa de Leeds. Seu tataravô Frank Lupton enriqueceu com a produção de lã. O avô Noel Middleton vinha de uma família de advogados de sucesso na região. Do lado materno, Kate segue uma linhagem bem mais modesta. O pai de Carole era um pedreiro descendente de mineiros de carvão da cidade de Durham. É exatamente Carole que vem sofrendo o tratamento mais cruel por parte da mídia e do público. Alpinista social é um termo associado a ela em discussões nos fóruns da internet. Carole foi atacada até por aparecer mascando chiclete – supostamente de nicotina – durante a parada militar de formatura de William, em Sandhurst, onde também estavam a rainha Elizabeth II, o príncipe Charles e outros membros da realeza. Ela parece já ter sido escolhida como o espantalho que a imprensa popular vai atormentar nos próximos anos.
A história, a família e o estilo de Kate a aproximam das pessoas comuns – e isso pode transformá-la numa espécie de patrimônio da monarquia. Mesmo estimulada a vestir-se de forma mais glamourosa, ela tem insistido em ser “ela mesma” e usar roupas normais e de marcas acessíveis em suas aparições públicas. Um bom exemplo é o vestido creme Nannette, da loja Reiss, usado no ensaio fotográfico oficial clicado pelo peruano Mario Testino. Ele custou o equivalente a R$ 400. Ela também já foi vista com peças das marcas Topshop, French Connection e da própria Jigsaw, onde trabalhou. Ainda é cedo para dizer se Kate terá o mesmo impacto que Diana para o mundo da moda, mas tudo o que veste some das prateleiras em poucas horas, como descobriu a estilista brasileira Daniella Helayel, da marca Issa, responsável pelo já famoso vestido azul escolhido para o anúncio oficial do noivado.
Sua volumosa cabeleira de cor castanho, cortada em camadas, também está gerando clones. Apelidado de The Kate, o penteado vem sendo comparado ao fenômeno The Rachel, o corte de cabelo da atriz Jennifer Aniston na primeira temporada do seriado americano Friends, que durante anos foi copiado em várias partes do mundo. “O estilo de Kate é estruturado em sua personalidade. É clássico e sutil”, diz a editora de moda e celebridades Shyla Hassan, da revista inglesa Recognise. Hassan acredita que, ao se transformar da noiva Kate na esposa Catherine, a jovem passará a se sentir cada vez mais confortável em seu papel de mulher de um príncipe, o que será refletido em escolhas mais audaciosas no guarda-roupa. “Hoje em dia Kate parece preocupada em agradar ao público com visuais mais seguros e convencionais. A elegância continuará, mas acho que ela começará a experimentar com peças mais contemporâneas e a apoiar estilistas mais jovens”, diz Hassan.
De Waity Kate a uma das mulheres mais invejadas do mundo, a futura rainha exemplifica um novo tipo de monarquia, mais próxima dos súditos, mais moderna. É possível até que Kate não receba o título de princesa. É costume que, horas antes do casamento de um príncipe, a rainha divulgue um comunicado dizendo qual título dará ao casal após a união. Se William virar Duque de Clarence, Cambridge, Sussex ou Windsor, como é esperado, Kate será a duquesa Catherine até que o marido assuma o trono. Quando isso acontecer, ela se tornará rainha. “Quando Kate virar a rainha Catherine, ela será a primeira esposa de um monarca britânico a ter se formado na universidade, mostrado a lingerie em uma passarela e vivido com um rei antes do casamento”, diz Claudia, sua biógrafa. Uma verdadeira rainha do século XXI. Mais feliz do que Diana, espera-se.
Catherine Elizabeth Middleton, futura rainha da Inglaterra, nasceu em 9 de janeiro de 1982, a mais velha de três irmãos. O pai, Michael, trabalhava como programador de voo da empresa aérea British Airways. Foi lá, em meados da década de 1970, que se apaixonou por Carole, comissária de bordo na mesma companhia. Kate teve uma infância normal. Aos 4 anos de idade, passou uma temporada ao lado da família na capital da Jordânia, Amã, onde o pai foi trabalhar. De volta à Inglaterra, em 1986, Michael e Carole abriram a Party Pieces, uma empresa de venda de artigos para festas infantis pela internet. A empreitada deu certo, permitiu a ascensão social da família e pagou por um estilo de vida privilegiado. Ele ajudou a colocar os irmãos Catherine, Philippa e James nas rodas da alta sociedade britânica, por onde circulam nobres como William. Tabloides como o Daily Mail e o Mirror publicaram nos últimos anos reportagens repercutindo rumores de que a mãe de Kate teria pressionado a filha para escolher a Universidade de St. Andrew, depois de saber que o príncipe havia se matriculado na instituição escocesa. Se foi planejado, deu certo. A educação em colégios particulares como o internato Malborough College, com anuidades equivalentes a R$ 52 mil, e a casa de cinco quartos da família na Vila de Berkshire, avaliada em torno de R$ 2,6 milhões, revelaram-se bons investimentos na ascensão da filha.
Se de perto ninguém é inteiramente normal, à distância os Middletons parecem uma família típica de classe média alta. A irmã Philippa, conhecida como Pippa, de 27 anos, trabalha como promotora de eventos e também ajuda no negócio familiar. O irmão James, de 23 anos, largou a faculdade no meio para se tornar confeiteiro. Ele tem fornecido material para os tabloides com fotos em que aparece fantasiado ou nu, com garrafas de bebida na mão. É candidato a virar notícia nos próximos anos, embora a família já tenha outros membros atuantes na produção de fofocas. Há o tio Gary Goldsmith, empreiteiro irmão de Carole, um festeiro que vive na ilha espanhola de Ibiza em uma mansão apelidada de Maison de Bang Bang, algo como Casa do Sexo. Recentemente, ele esteve no centro de um escândalo ao ser filmado cheirando cocaína e gabando-se a um repórter de seus contatos na família real. Kate tem também uma parente distante, a stripper Katrina Darling, que não foi convidada para o casamento.
A árvore genealógica da futura rainha tem outras curiosidades. No livro recém-publicado A ancestralidade de Catherine Middleton, a Sociedade Genealógica da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, afirma que Kate é prima distante do primeiro presidente americano, George Washington, e do cineasta Guy Richie, ex-marido da cantora Madonna. A jornalista Claudia Joseph também investigou as origens de Kate para seu livro e afirma que o lado paterno da noiva real tem origens abastadas. Michael é filho de um piloto da cidade inglesa de Leeds. Seu tataravô Frank Lupton enriqueceu com a produção de lã. O avô Noel Middleton vinha de uma família de advogados de sucesso na região. Do lado materno, Kate segue uma linhagem bem mais modesta. O pai de Carole era um pedreiro descendente de mineiros de carvão da cidade de Durham. É exatamente Carole que vem sofrendo o tratamento mais cruel por parte da mídia e do público. Alpinista social é um termo associado a ela em discussões nos fóruns da internet. Carole foi atacada até por aparecer mascando chiclete – supostamente de nicotina – durante a parada militar de formatura de William, em Sandhurst, onde também estavam a rainha Elizabeth II, o príncipe Charles e outros membros da realeza. Ela parece já ter sido escolhida como o espantalho que a imprensa popular vai atormentar nos próximos anos.
A história, a família e o estilo de Kate a aproximam das pessoas comuns – e isso pode transformá-la numa espécie de patrimônio da monarquia. Mesmo estimulada a vestir-se de forma mais glamourosa, ela tem insistido em ser “ela mesma” e usar roupas normais e de marcas acessíveis em suas aparições públicas. Um bom exemplo é o vestido creme Nannette, da loja Reiss, usado no ensaio fotográfico oficial clicado pelo peruano Mario Testino. Ele custou o equivalente a R$ 400. Ela também já foi vista com peças das marcas Topshop, French Connection e da própria Jigsaw, onde trabalhou. Ainda é cedo para dizer se Kate terá o mesmo impacto que Diana para o mundo da moda, mas tudo o que veste some das prateleiras em poucas horas, como descobriu a estilista brasileira Daniella Helayel, da marca Issa, responsável pelo já famoso vestido azul escolhido para o anúncio oficial do noivado.
Sua volumosa cabeleira de cor castanho, cortada em camadas, também está gerando clones. Apelidado de The Kate, o penteado vem sendo comparado ao fenômeno The Rachel, o corte de cabelo da atriz Jennifer Aniston na primeira temporada do seriado americano Friends, que durante anos foi copiado em várias partes do mundo. “O estilo de Kate é estruturado em sua personalidade. É clássico e sutil”, diz a editora de moda e celebridades Shyla Hassan, da revista inglesa Recognise. Hassan acredita que, ao se transformar da noiva Kate na esposa Catherine, a jovem passará a se sentir cada vez mais confortável em seu papel de mulher de um príncipe, o que será refletido em escolhas mais audaciosas no guarda-roupa. “Hoje em dia Kate parece preocupada em agradar ao público com visuais mais seguros e convencionais. A elegância continuará, mas acho que ela começará a experimentar com peças mais contemporâneas e a apoiar estilistas mais jovens”, diz Hassan.
De Waity Kate a uma das mulheres mais invejadas do mundo, a futura rainha exemplifica um novo tipo de monarquia, mais próxima dos súditos, mais moderna. É possível até que Kate não receba o título de princesa. É costume que, horas antes do casamento de um príncipe, a rainha divulgue um comunicado dizendo qual título dará ao casal após a união. Se William virar Duque de Clarence, Cambridge, Sussex ou Windsor, como é esperado, Kate será a duquesa Catherine até que o marido assuma o trono. Quando isso acontecer, ela se tornará rainha. “Quando Kate virar a rainha Catherine, ela será a primeira esposa de um monarca britânico a ter se formado na universidade, mostrado a lingerie em uma passarela e vivido com um rei antes do casamento”, diz Claudia, sua biógrafa. Uma verdadeira rainha do século XXI. Mais feliz do que Diana, espera-se.
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