quarta-feira, 27 de abril de 2011

Príncipe William: o sopro de vitalidade na monarquia milenar

Um príncipe chamado William Arthur Philip Louis.

Ele tem nome de príncipe, porte de príncipe e é, de fato, um príncipe. Filho mais velho de Charles e Diana, William Arthur Philip Louis nasceu no dia 21 de junho de 1982. Segundo na linha sucessória do trono britânico, depois do próprio pai, William estudou em tradicionais colégios britânicos, como Ludgrove School e Eton College. Na Universidade de St. Andrews, na Escócia, começou cursando História da Arte, assim como Kate. No segundo ano, porém, trocou o curso pelo de Geografia,

concluindo a graduação em 2005.
 William, o filho mais velho de Charles e Diana, e o mais parecido com a mãe / Foto: AFP

Entre o Eton College e a universidade, porém, William deu-se um ano sabático - assim como a noiva, Kate. O príncipe participou de um treinamento do Exército britânico em Belize, fez ações de voluntariado no Chile, trabalhou numa fazenda na Grã-Bretanha e visitou países africanos.
Em 2006, William formou-se como oficial do Exército na Academia Militar Real de Sandhurst e se juntou à cavalaria. Em 2010, tornou-se piloto de helicóptero de resgate da Força Aérea Britânica. Recebeu duras críticas da mídia inglesa por usar aviões oficiais em missões pessoais: sobrevoar as casas de campo do pai e da avó, a rainha Elizabeth II, e até encontrar a namorada.

O príncipe William no comando do  helicóptero que aprendeu a pilotar / Foto: AP

Mas William, assim como a mãe, Diana - com quem, aliás, é muito parecido fisicamente - também tem um lado generoso. Em dezembro de 2009, sob um frio de 4 graus negativos, trocou os aposentos reais pelo frio de uma calçada em Londres. Dormindo sobre pedaços de papelão, quis mostrar o drama de quem não tem onde morar. William é patrono de uma ONG que cuida de sem-teto.
Desde janeiro do ano passado, o príncipe mora na ilha galesa de Anglesey, que tem apenas 70 mil habitantes e fica perto da base da Força Aérea Britânica. Já que William deve trabalhar como piloto pelo menos até 2014, é lá que ele e Kate vão morar nos primeiros anos de casados. E com uma vantagem: fica mais difícil o acesso aos paparazzi de plantão.

Se William Arthur Philip Louis Windsor fosse um plebeu já teria motivos o suficiente para atrair os olhares para si: tem 1,87 metro, corpo atlético, olhos azuis, sorriso tímido e um charme discreto. Mas, além de todos esses atributos, ele ostenta também o título de príncipe – e é o segundo na linha de sucessão ao trono. Não é à toa que, há vários anos, William é considerado o solteiro mais cobiçado da Grã-Bretanha. Esse título, porém, o príncipe deixa de ostentar em 29 de abril, quando se casará com a bela Kate Middleton.

William é hoje a figura mais popular da família real. Ele herdou da mãe, a princesa Diana, a beleza, a simpatia e a naturalidade no trato com os plebeus. Cumpre à risca todos os compromissos oficiais e está sempre sorrindo em público. Ele sabe que é a maior aposta do Palácio de Buckingham para garantir a popularidade da monarquia inglesa junto aos súditos – o futuro do negócio familiar do qual é o herdeiro depende em grande medida de seu sucesso nessa missão. Desde que começou a assumir esse papel, William vem moldando uma imagem de aristocrata moderno, que usa jeans e frequenta os mesmos lugares que os jovens de sua idade.
O estilo mais despojado ficou evidenciado justamente em sua relação com Kate, a namorada com quem está há oito anos. Eles moram juntos há vários anos e a futura princesa teve um bom tempo para conhecer a vida de imensos privilégios, mas também de enormes provas de fortaleza de caráter e disciplina necessárias para entrar na família real. Os dois se conheceram aos 20 anos, quando faziam faculdade na Escócia, e, fora uma breve ruptura, praticamente não se separaram desde então. Estão com 28 anos e depois de casados continuarão a desfrutar por algum tempo a relativa privacidade atual, na isolada e chuvosa ilha de Anglesey, no País de Gales, perto da base onde William serve como piloto de helicóptero de resgate da Força Aérea.
Embora pesquisas recentes de opinião indiquem que a maioria dos ingleses prefere ver a coroa britânica na cabeça de William e não na de seu pai, Charles, o príncipe tem pela frente um longo caminho antes de tornar-se rei. A rainha Elizabeth II segue firme no trono e seu sucessor direto ainda é o príncipe Charles. Ou seja, William provavelmente deverá aguardar décadas antes que a partida de sua avó e de seu pai lhe permita assumir o trono.
Enquanto aguarda sua vez, o principezinho vai rendendo o que pode em relações públicas, atividade para a qual vem sendo intensamente treinado. Em 2001, antes de começar seus estudos na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, William fez treinamento militar na selva de Belize, mergulhou no Oceano Índico, vagou por mais de três meses em safáris na África e passou dez semanas realizando trabalho comunitário na Patagônia chilena. Lá, alternou-se entre limpeza de latrinas e reparos nos barracos dos moradores pobres do lugar.
A fama de bom-moço de William, porém, se viu ameaçada por um breve período. Em 2000, prestes a completar 18 anos, o príncipe tomou gosto pelas escapadas. E provocou furor no pai e na avó rainha ao andar na companhia de jovens que, assumidamente, cheiravam cocaína. Prova de que na prosaica vida real, William é um garotão privilegiado, sim, mas cercado de armadilhas. Rondando ali, sempre por perto, o dragão da maldade da imprensa popular — invencível e insaciável no lucrativo propósito de escarafunchar cada milímetro de seu espaço público e, principalmente, privado.
Nada, porém, fez o belo príncipe ser menos querido pelos súditos. Os britânicos se regozijam e louvam, nele, a memória da mãe, a mais bela e inesquecível das princesas. Como que para reforçar essa lembrança, William deu a Kate o mesmo anel de safira que enfeitou a mão de sua mãe. E sua noiva não parece nem um pouco intimidada com tudo o que o anel azul representa, a aura que transformou Diana na mulher mais famosa do mundo, a infelicidade conjugal, a morte prematura e trágica. O namoro longo e aparentemente descomplicado é a maior garantia de que, além de encanto e glamour, Kate oferece estabilidade emocional ao rapaz que nasceu chamando a rainha da Inglaterra de vovó. Ao que parece, o novo “casamento do século” tem de tudo para transformar-se em um conto de fadas.




2 anos (1984) - William visita o novo irmãozinho, Harry, no hospital Saint Mary, em Londres, acompanhado da babá, Barbara Barnes

9 anos (1991) – O príncipe tem uma pequena amostra do assédio feminino que iria persegui-lo na juventude, durante visita ao Canadá. Foi neste ano que William fez sua primeira aparição pública no País de Gales, ocasião na qual foi revelado que ele é canhoto



13 anos (1995) - O príncipe chega ao seu primeiro dia de escola no tradicionalíssimo colégio Eton, em Londres, frequentado pela aristocracia britânica há mais de 500 anos.



15 anos (1997) - Muito abatidos, William, o irmão, Harry, e o pai, Charles, caminham em meio à montanha de flores deixadas pela multidão em frente ao Palácio de Kensington em homenagem à mãe dos rapazes, Diana, morta em um acidente de carro

20 anos (2002) - William beija a modelo alemã Claudia Schiffer, após um torneio de polo em Ashe Park, no Reino Unido, em 2002. Fã de esportes, o príncipe participa de torneios beneficentes de polo e rúgbi com certa frequência.

22 anos (2004) - William posa para fotos no departamento de geografia da Universidade de St. Andrews, na Escócia. Menos de um ano depois, o príncipe concluiria o curso superior na faculdade em que conheceu Kate.

24 anos (2006) - William entra para a Real Academia Militar britânica, onde construiu carreira passando pelo Exército, Cavalaria Real, Força Aérea e Marinha Real, onde trabalha até hoje. O príncipe chegou a servir no Afeganistão e é tratado como tenente Gales.

28 anos (2010) - No Palácio de Saint James, William anuncia o noivado com a namorada de longa data, Kate Middleton. O aguardadíssimo casamento está marcado para a sexta-feira (29

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