quinta-feira, 21 de abril de 2011

Casamento de William é visto com alívio pela monarquia

Casamento de William é visto com alívio pela monarquia.


Apesar de plebeia, Kate Middleton não deve causar problemas ao Palácio de Buckingham - a moça é reservada, séria e não costuma falar à imprensa.



Apesar de ser a primeira plebeia a se casar com um herdeiro do trono britânico em 350 anos - desde que Anne Hyde se uniu ao duque de York, James II, em 1660 -, Kate tem características pessoais que a tornam uma esposa apropriada. A futura princesa é vista como uma moça discreta, de vida noturna pacata e quase nenhum contato com a imprensa. É um alívio para a família real, cuja imagem sofreu um imenso desgaste após a novela de Charles e Diana. O casamento do pai de William com Diana, que era filha de conde, começou como conto de fadas, mas acabou em divórcio. O pesadelo se arrastou com a morte trágica de lady Di em 1997. Apesar da grande repercussão da notícia do noivado de William e Kate, poucos nos círculos monárquicos temem uma repetição do fenômeno Diana.
Filha de ex-funcionários de uma companhia área britânica, Kate foi educada nas melhores escolas do Reino Unido e frequentou os mais altos círculos sociais graças à fortuna que os pais acumularam após a criação de uma empresa de entregas de brinquedos para festas pelo correio. Ela pode ser a primeira rainha com um diploma universitário.

No colégio onde estudou, em Wiltshire, no sudoeste do país, a noiva de William se tornou capitã do time de hóquei e ficou conhecida por ser séria e reservada, um perfil que destoava entre os colegas. “Eu nunca a vi bêbada. Nem quando os exames finais terminaram. Na ocasião, ela tomou apenas alguns goles de vodca”, revelou a amiga Jessica Hays, de acordo com o jornal The Guardian.

Muito comum - Ainda que alguns namorados tenham surgido no meio do caminho, desde menina Kate já era fascinada pelo príncipe, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico. “Não há ninguém como William. Aposto que ele é gentil. É possível saber isso só de olhar para ele”, teria confidenciado Kate à amiga Jessica.

A origem da jovem plebeia, no entanto, já deu muito o que falar no meio aristocrático, onde surgiram rumores de que Kate era considerada "comum demais" pela rainha Elizabeth II para se casar com o neto. Outra história famosa na Grã-Bretanha é a de que, ao ver Kate passar, amigas de William faziam gestos como se indicassem saídas de emergência dentro de um avião, aludindo à mãe dela, uma ex-aeromoça. 

Foi trabalhando na British Airways, aliás, que os pais da futura princesa, Carole e Michael Middleton, se conhecerem. Ele era supervisor e cuidava para que os voos nao atrasassem. Enquanto Michael veio da classe média, Carole pertence a uma família com várias gerações de mineradores de carvão. Juntos, porém, fizeram muito dinheiro ao aproveitar a internet para aumentar as vendas de uma empresa de entrega de brinquedos para festas infantis.
Mesmo com a trajetória de sucesso, o casal não se viu livre das críticas reais. Carole se tornou famosa por gafes consideradas terríveis entre os nobres. A mãe de Kate teria escolhido expressões ou palavras “pouco elegantes”, como “toalete” (que também significa vaso sanitário, em inglês) em vez de “lavatório” e usado vestidos “curtos e inadequados à sua idade” em certas ocasiões.
Novos tempos - Apesar de histórias de príncipes e plebeus serem comuns apenas em contos de fadas, parece que o Palácio de Buckingham aprendeu alguma coisa sobre a mudança de padrões nos casamentos modernos. Na última vez em que a monarquia britânica anunciou que um futuro rei se casaria, não houve final feliz. O casamento não foi arranjado, mas servia aos compromissos reais e não envolvia amor, já que os noivos mal se conheciam.
O romance de Kate e William, contudo, aparentemente seguiu os padrões modernos: depois de um longo namoro, o casal chegou até a morar junto. A realeza conta, portanto, que a união tem grandes chances de ser duradoura e trazer poucos dissabores à vida palaciana. Apesar de a comparação com lady Di ser inevitável, William já avisou: “Não espero que Kate use os sapatos de minha mãe. Quero que ela tenha o seu próprio futuro”, disse, em entrevista na terça.

Casamentos reais - A união de Charles e Diana não foi a única a fracassar. De 1923 a 2005, quatro dois oito casamentos reais acabaram em divórcio. Confira a lista:

1923 - Príncipe Albert, Duque de York (mais tarde rei George VI) se casou com Lady Elizabeth Bowes-Lyon (depois rainha Elizabeth, a rainha-mãe), em Westminster Abbey.
1937 - Rei Edward VIII, antes príncipe de Gales, abdicou formalmente do trono britânico em dezembro de 1936 para se casar com Wallis Simpson, uma socialite americana divorciada duas vezes. O irmão mais novo de Edward se tornou o rei.
1947 - Em Westminster Abbey, foi celebrado o casamento da princesa Elizabeth ( futura rainha Elizabeth II) e o príncipe Philip.
1960 - A irmã da rainha, princesa Margaret e Antony Armstrong-Jones (mais tarde Conde de Snowdon) se casaram. Eles se divorciaram 18 anos depois.
1973 - A princesa Anne, a única filha e irmã mais no nova do herdeiro ao trono, Charles, se casou com o Capitão Mark Phillips. Eles tiveram dois filhos, Petar, o primeiro neto da rainha, em 1977, e Zara, em 1981. O casal se divorciou em 1982.
1981- Na catedral de Saint Paul, houve o glamoroso casamento do príncipe Charles e Diana Spencer. O relacionamento terminou em divórcio em meio a acusações mútuas de adultério.
1986 - O irmão mais jovem de Charles, príncipe Andrew, duque de York, se casou com alta a executiva do ramo editorial Sarah Ferguson. O divórcio ocorreu em 1992 após a revelação de fotografias da duquesa nos braços do americano John Bryan.
2005 - O casamento do príncipe de Gales com Camilla Parker Bowles foi realizado na Capela de Saint George, depois de uma cerimônia civil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário