segunda-feira, 25 de abril de 2011

Universidade de St. Andrews, na Escócia, vai completar 600 anos em 2013.

Conheça a universidade onde o príncipe William e Kate estudaram

Presença do príncipe atraiu meninas americanas, dizem estudantes.


Com quase 600 anos de existência, a Universidade de St. Andrews, na Escócia, ganhou ainda mais fama graças ao casal real. Foi na St. Andrews que o príncipe William conheceu Kate Middleton. Os dois se formaram em 2005: William em geografia, e Kate em história da arte. Eles se casam no próximo dia 29, em Londres.
Quem frequentou a universidade garante que o número de matrículas entre as garotas, principalmente as americanas, aumentou muito durante a temporada do príncipe por lá. Foi o que chamaram de "efeito William".
"Acredito que o fato de [William e Kate] terem estudado aqui certamente colocou a universidade em maior destaque. A euforia do 'efeito William', como dizem alguns, obviamente atraiu um número enorme de estudantes e curiosos na época", diz Cristiane Cäsar Damas, de 38 anos, que cursa doutorado na St. Andrews.

Universidade de St. Andrews (Foto: Belmiro Damas/Arquivo pessoal)
 
Universidade de St. Andrews (Foto: Belmiro Damas/Arquivo pessoal)
Apesar desse fenômeno, para Cristiane, a maioria dos estudantes vai a St. Andrews em busca de qualidade de ensino e pesquisa. Em 2009, a St Andrews foi classificada como a terceira melhor universidade britânica em psicologia e, no ano passado, ficou entre as 20 melhores do mundo em artes e humanidades, segundo o ranking da Times Higher Education (THE).

cristiane damas (Foto: Arquivo Pessoal)
 
Cristiane Damas cursa doutorado na St. Andrews
Brasileiros na St. Andrews

Nascida em Minas Gerais, Cristiane é bióloga e cursa o doutorado em comportamento e comunicação animal com ênfase em primatas. A sugestão de que fosse a St. Andrews foi do orientador dela durante o mestrado no Brasil. Ele conhecia o futuro orientador da estudante na universidade, um especialista em inteligência animal, considerado um dos melhores primatólogos do mundo. Cristiane conseguiu bolsa da Capes, autarquia do Ministério da Educação, e iniciou o doutorado na Escócia em outubro de 2007.
"Posso dizer que me sinto incrivelmente honrada em estudar em St. Andrews. Além da excelente qualidade de pesquisa e ensino, o ambiente acadêmico é extremamente estimulante e os professores, que são referências mundiais, interagem e participam ativamente com os alunos", afirma Cristiane.
Segundo ela, a infraestrutura de St. Andrews é outro ponto forte. "A universidade possui laboratórios de pesquisa de excelente qualidade, boa biblioteca e acesso eletrônico à maioria das grandes publicações, além de centros de esportes e estudantis, com vários serviços de orientação e apoio aos estudantes."
'Universidade do príncipe'
Coordenador do curso de ciências biológicas da Universidade Federal de Alfenas, Rogério Grasseto Teixeira da Cunha, de 38 anos, concluiu o doutorado na St. Andrews em 2004. Assim como Cristiane, Cunha estuda o comportamento de primatas. No caso dele, especificamente de bugios.


 
"Dentro do Reino Unido, St. Andrews é um dos centros de referência. Comecei meu doutorado lá, vim para o Brasil para coletar dados e voltei para a Escócia para concluir o estudo", diz Cunha, que estava na universidade na mesma época do príncipe. "Nunca nos topamos, mas percebemos que os procedimentos de segurança foram aumentados. A intenção era de que ele fosse tratado como um aluno comum, mas não foi possível."

rogerio grasseto (Foto: Arquivo Pessoal)
 
O brasileiro Rogério Grasseto fez doutorado na
Universidade de St Andrews
 
Para o professor, o casal real aumentou a exposição de St. Andrews fora do Reino Unido. "Pessoalmente não vi tietagem, mas aumentou o número de meninas nos cursos, principalmente as americanas, que vinham tentar caçar o príncipe. Acho que ficou a imagem da universidade do príncipe."
Pesquisador e professor na Universidade Federal de Alagoas, Miguel Oliveira Jr., de 41 anos, concluiu o pós-doutorado sobre línguas indígenas na St. Andrews há dois anos. "A universidade é excelente e pude conhecer muita gente boa." Oliveira Jr. diz que a cidade é bem pequena, tem estrutura medieval, e, além da universidade, é conhecida também por ter um dos campos de golfe mais famosos do mundo.
Sobre o casal real, o professor afirmou que sempre havia referências ao fato de eles terem sido alunos. “As pessoas sempre comentavam sobre eles, mais como um mito."

Universidade de St. Andrews (Foto: Belmiro Damas/Arquivo pessoal)
 
 
 
Universidade de St. Andrews miguel oliveira jr (Foto: Arquivo Pessoal)
 
Miguel Oliveira Jr. concluiu pós-doutorado em
linguagens indígenas na universidade

A universidade
Fundada em 1413, a Universidade de St. Andrews é a mais antiga da Escócia e a terceira mais antiga do mundo entre países de língua inglesa. Com 7.500 alunos, seis mil deles na graduação, e 1.800 funcionários, 700 deles acadêmicos, fica na cidade de mesmo nome, que tem cerca de 17 mil habitantes.
Um terço dos alunos é de outros países. Há pessoa de 120 nacionalidades na universidade, que tem faculdades de artes, teologia, medicina e ciência.
A anuidade para o curso de medicina para cidadãos do Reino Unido é de cerca de três mil libras (cerca de R$ 8 mil) contra 20.550 libras (cerca de R$ 53 mil) para estrangeiros de fora da União Européia. Para outros cursos de graduação, a anuidade para estrangeiros é de 13.500 libras (cerca de R$ 35 mil).
Site da universidade destaca o famoso casal de ex-alunos (Foto: Reprodução)
 
Site da universidade destaca o famoso casal de ex-alunos
 
Os valores de anuidades para estrangeiros na pós-graduação começam em 4.500 libras (cerca de R$ 11.500) para um curso a distância de estudos sobre o terrorismo até 15.250 libras (cerca de R$ 39.500) para aulas presenciais de administração.
Visita ilustre
Em fevereiro deste ano, o príncipe William e Kate Middleton participaram de um evento na universidade para a abertura da campanha de aniversário de 600 anos da instituição, que será comemorado em 2013. O príncipe é patrono do evento, que pretende levantar 100 milhões de libras (cerca de R$ 260 milhões) para a universidade.
Em seu discurso, o príncipe disse que a visita era “um momento muito especial” para ele e para a noiva. “Parece que estou voltando para casa”, disse o príncipe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário